A informática através da internet e das redes sociais é, atualmente, uma das principais fontes de informação e comunicação. O acesso à notícias, à imagens, pode ocorre quase que em tempo real, permitindo com que informações que antes levariam um, dois ou mais dias para serem conhecidas, sejam divulgadas praticamente no momento em que ocorrem. A comunicação entre as pessoas também se tornou bem mais prática e ágil através do e-mail e das diversas redes sociais existentes. Dessa forma, a educação não pode ficar para trás e precisa se sintonizar a essas novas tecnologias em que o mundo globalizado se encontra, a escola precisa acompanhar essa evolução tecnológica e o impacto social causado pela mesma.
Nesse processo de se inserir a informática em sala de aula, dois pontos são relevantes e precisam ser analisados: o docente precisa rever sua prática pedagógica, pois a informática em si só não transforma a educação; os conteúdos, as informações , as redes, precisam ser selecionados de forma a desenvolver nos alunos a capacidade crítica para lidar com o grande volume de informações existentes.
O professor tem que utilizar a informática em sua prática através de uma ação pedagógica interdisciplinar, voltada não somente para a transferência de conhecimentos, mas para a educação como um processo, deixando de ser um mero transmissor de saberes, já que o papel de quem ensina e de quem aprende não é mais fixo, principalmente a partir do surgimento da internet. O computador deve ser utilizado como um instrumento de aprendizagem e ensino capaz de desenvolver a construção do conhecimento tanto individual quanto coletivo por meio de projetos. No paradigma instrucionista, o uso do computador na educação consistiria simplesmente na informatização dos meios tradicionais de instrução. No entanto, o computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento. Uma reviravolta que muda o foco de ensino do instrucionismo para o construcionismo, muitas vezes sem que haja uma declaração teórico-pedagógica explícita.
Com relação ao aluno, é necessário selecionar os sites de acordo com os conteúdos a serem trabalhados para que essa tecnologia não disperse sua atenção, pois como já foi dito o número de informações é muito grande, e é necessário conscientizar o aluno para uma busca ativa na construção de conhecimentos consistentes.
A grande revolução que o computador promove é permitir uma educação massificada no sentido de que há muita informação disponível e ao mesmo tempo individualizada. Com o andar dos anos o que vai acontecer é que o ensino não vai mais se reduzir ao livro didático. Os livros estarão melhores e adequados à informática, até mesmo com sugestões de sites e atividades.
As aulas expositivas, o papel, as pesquisas de campo, os trabalhos de laboratórios, as consultas na web são recursos complementares, que devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente, exatamente o oposto do que se faz
As aulas expositivas, o papel, as pesquisas de campo, os trabalhos de laboratórios, as consultas na web são recursos complementares, que devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente, exatamente o oposto do que se faz
na educação convencional.
O profissional em educação não deve pensar que irá perder seu emprego por conta da informática e sim utilizá-la como um meio para melhorar a qualidade de ensino. O papel do profissional em educação é mostrar ao aluno para que serve o conhecimento. Ele precisa enxergar-se, apenas, como uma parte do processo de aprendizado. A escola não pode ficar à margem das mudanças sociais advindas dos avanços tecnológicos, ela tem o comprometimento social de democratizar a informação e o conhecimento.
www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/educacao/educacao.html
